O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse, em relação ao contrato de linhas de ônibus para o corredor TransOeste, que "nada foi feito às escondidas", apesar do processo ser feito sem licitação e das acusações que o "novo" sistema de ônibus favoreceu a formação de cartéis de empresas de ônibus.
Provavelmente, o prefeito carioca deve achar que "houve transparência" nos demais casos, quando vemos que, só a partir da pintura padronizada nos ônibus, a transparência não existe, porque são as mesmas máscaras que escondem uma Alpha, uma Pégaso, uma Braso Lisboa etc do público passageiro.
Já foi lançada a CPI dos Ônibus do Rio de Janeiro, juntamente com outras CPIs em Niterói, São Paulo e Curitiba, com o agravante desta última, antes tida como "potência em mobilidade urbana", o que diz muito do caducamento desse sistema baseado em pintura única, dupla função de motorista-cobrador e uma combinação alucinante de cumprimento de horários nos percursos e engarrafamentos nas ruas.
Portanto, a declaração de Eduardo Paes soa bastante duvidosa. Ele e Sérgio Cabral Filho são políticos sem qualquer tipo de confiabilidade. Tendenciosos, às vezes indicam que usam as leis como papel higiênico, pouco ligando para o interesse público que só defendem no discurso.
E ver que o sistema de ônibus está assim, com ônibus com lataria amassada e parafusos soltos, com irregularidades mil, enguiçando e sofrendo acidentes, tudo "protegido" por uma pintura padronizada, dá para perceber que esse discurso de "transparência" não faz o menor sentido. De transparência, só mesmo a do telhado de vidro.
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