MANIFESTANTES JÁ REALIZARAM PROTESTOS NA VÉSPERA DA PRIMEIRA REUNIÃO, DEPOIS DE INFORMADOS PELA IMPRENSA DO RIO DE JANEIRO.
A CPI dos Ônibus começou hoje de manhã, na Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro, já com um procedimento estranho. Para presidente da CPI, foi escolhido como presidente justamente o parlamentar que votou contra a criação da CPI, Chiquinho Brazão (PMDB). Outro parlamentar, Professor Uoston (PMDB), foi escolhido para relator.
Sentindo o cheiro de "chapa branca", manifestantes fizeram protesto hoje de manhã em frente à Cinelândia, onde fica a Câmara. Indignados com a indicação de Brazão, as pessoas que aguardavam nas longas filas pela entrada na CPI dos Ônibus e as 50 pessoas que já estavam presentes no salão de reunião protestavam e vaiavam os parlamentares.
Alguns revoltosos que estavam fora da Câmara invadiram o gabinete de Brazão e depredaram e picharam as paredes. Foram pichadas frases como "Ladrão", "CPI do busão", "Isso aqui é a gaiola dos ladrões", "O povo no poder", "Poder popular" e "Amarildo?".
Quem estava ainda fora exibia cartazes como "Fora Cabral" e "Nem todo mundo tem helicóptero", além de acusar a escolha dos dois parlamentares governistas como "golpe sujo". Os que estavam dentro chegaram a subir nas cadeiras para expressar seu protesto. Os manifestantes ainda querem que o vereador Eliomar Coelho (PSOL), de oposição, assuma uma das duas funções.
Protestos nas diversas ruas do Centro do Rio foram marcados pela tensão e pela repressão policial. Manifestantes ligados ao grupo Black Bloc foram detidos e depois liberados. Um prédio da empresa EBX, de Eike Batista, foi depredado e uma agência bancária foi invadida.
O deputado Marcelo Freixo, seu assessor e outros deputados que tentaram negociação na casa parlamentar foram agredidos ou atacados com gás de pimenta. Um chefe de segurança da Câmara barrou o acesso até da Anistia Internacional.
Dos cinco parlamentares envolvidos na elaboração da CPI, somente Eliomar Coelho havia solicitado sua instalação. Os demais não assinaram o requerimento de dois meses atrás e estão ligados à base de apoio do governador Sérgio Cabral Filho e do prefeito carioca Eduardo Paes.
A CPI dos Ônibus será o primeiro evento do gênero a ter suas reuniões inteiramente filmadas e distribuídas para divulgação nos meios de comunicação. Haverá participação popular, mas até agora não foi divulgada a forma de como se dará essa participação.
Bem que vocês poderiam postar um texto, rebatendo um argumento utilizado às vezes pelos defensores da padronização visual, de que na maioria das cidades européias (onde o transporte público é de melhor qualidade) os ônibus urbanos têm suas pinturas padronizadas. Um abraço!
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