O CRÉDITO DA FIGURA FALA NA PARANAPUAN, MAS NÃO INFORMA QUE O ÔNIBUS DE TRÁS É DE OUTRA EMPRESA.
Pintura padronizada gera problemas e poucos se dão conta disso. Até mesmo a imprensa, não só no Rio de Janeiro, como em outras cidades, a confusão de empresas faz com que se credite apenas o nome da paraestatal controladora - como SPTrans, em São Paulo, e URBS, em Curitiba - em vez de "filosofar" sobre o nome de cada empresa.
Até mesmo a reportagem recente do jornal O Globo, vendo uma foto com dois ônibus, só creditou o ônibus da frente, devido à notícia apresentada. Mas quem não sabe das coisas vai pensar que o ônibus de trás também é da Paranapuan, quando é de outras empresa que opera na Ilha do Governador, a octogenária Viação Ideal.
A notícia em questão mostra o quanto é complicada essa questão de consórcios. A "novidade" foi anunciada como se fosse a pedra de salvação para o sistema de ônibus do Rio de Janeiro, mas fez o que estava bom ficar ruim e o que estava ruim ficar pior. Se, mesmo sendo referência para o país, o sistema de ônibus do Rio de Janeiro antes de 2010 não era perfeito, hoje está um desastre.
A Transportes Paranapuan decidiu entrar com ação na Justiça pedindo a prestação de contas do consórcio Internorte, do qual faz parte. O advogado Gustavo Kloh, afirma que não existe transparência na gestão do transporte coletivo no Rio, acusação que o secretário de transporte Carlos Roberto Osório se omitiu em responder. "São assuntos internos do consórcio", disse.
Há dois anos ocorrem tais desavenças entre a Paranapuan e a Internorte. Isso poucos meses depois da implantação do sistema, em 2010. Entre as questões, estão os bloqueios de receitas que o consórcio, vinculado à Prefeitura do Rio de Janeiro, fizeram contra a Paranapuan, e a desinformação que a empresa tem sobre direitos de receber verbas para manutenção e renovação de frotas e serviços.
A corrupção do sistema de ônibus do Rio de Janeiro implantado em 2010 foi observada em parecer do Tribunal de Contas do Município que investiga os consórcios formados. Foi constatado que o sistema de ônibus implantado não oferece credibilidade.
Técnicos viram diferenças nos valores de lucro das empresas declarados pela prefeitura (R$ 69,4 milhões) e pelo sindicato patronal (Rio Ônibus) (R$ 77,1 milhões), das quais nenhuma das partes se encorajou a explicar.
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