O
sistema de ônibus do Rio de Janeiro está um horror. Praticamente todas
as empresas de ônibus apresentam algum carro sucateado, rodando com a
lataria amassada, com a estrutura sacolejando e em muitos casos com
arranhões sérios e letreiros digitais apagados na lateral e na traseira.
Na
última segunda-feira, eu mesmo pude conferir e seria chover no molhado
fotografar os urbanos, mas o problema acontece também com os ônibus
rodoviários, como se vê nas fotos que eu tirei na Av. Rio Branco.
Três
das quatro fotos correspondem ao ônibus da Real Auto Ônibus, agora
conhecida como Premium Auto Ônibus, mas isso não faz diferença com a
pintura padronizada, que no caso dos executivos confunde ainda mais os
passageiros pelas cores serem rigorosamente as mesmas, só havendo uma
faixinha que indica a cor do consórcio.
A outra foto,
que mostra um ônibus inteiro por trás, corresponde à Viação Pavunense. O
carro da Premium / Real é C41870 (consórcio Transcarioca) e o da
Pavunense, B32803 (consórcio Internorte), apesar da letra não ter sido
colocada na traseira, como se observa.
Os dois ônibus
apresentam lataria amassada e rodam com a estrutura sacolejante. Só
receberam a tinta da pintura padronizada, mas rodam sem ter feito uma
manutenção prévia. Quando muito, os ônibus só teriam recebido uma
lavagem, porque aí seria demais.
No entanto, o
estado de cada ônibus é suficiente para comprovar o quanto está
decadente o sistema de ônibus carioca adotado desde 2010. Os ônibus se
destinam principalmente aos turistas, que poderão ser afetados com
possíveis acidentes. E o pior é que tem gente que não aceita ouvir a
verdade, e não quer que tais denúncias sejam feitas.
Mas
os passageiros, que percebem melhor as coisas, estão notando a
decadência, que gerou até tragédias, e não há como esconder esse drama.
Portanto, quem não gosta de ouvir tais denúncias, seria melhor morder a
língua.
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