sábado, 25 de janeiro de 2014

ATÉ AGORA, NINGUÉM VEIO DEFENDER DE FORMA CONVINCENTE A PINTURA PADRONIZADA

Uma coisa é certa. Quando algo incoerente e sem motivo lógico para existir é defendido, sempre é com argumentos frouxos e subjetivos.

Essa mania de uniformizar frotas, dando destaque a logos de prefeitura e escondendo ao máximo a identificação de empresas tem piorado bastante o transporte, pois, do contrário que seus defensores pensam, a mania de prefeituras imporem suas marcas nas pinturas de ônibus tem muito a ver com o desejo de prefeitos e secretários de transporte de aumentar seu poder nos sistemas que gerenciam.

As prefeituras só podem definir as linhas e o tipo de ônibus que devem estar nas linhas. O resto fica a cargo das empresas que financiam a aquisição e o funcionamento dos ônibus, além de conhecer diretamente seu cotidiano, algo que está muito longe do conhecimento de prefeitos e secretários de transporte.

O poder público já provou em inúmeras oportunidades que é incompetente para gerenciar qualquer sistema de transporte como se fosse dono do sistema. Empresas públicas de transporte sempre foram um desastre e faliram todas, sem exceção, na mais absoluta crise.

Não encontramos nenhum texto ou comentário convincente que prove que este fardamento de ônibus seja necessário ou vantajoso. E nem vai haver, pois observando com atenção, não existe nenhum motivo plausível para que a pintura padronizada, feita apenas para interesse exclusivo de prefeituras e de seus membros, possa ser justificada com bom senso. 

Mas aí vem algum defensor da pintura padronizada dizer que a pintura serve para "organizar" o sistema. Pergunto pra quê fazer licitações se a identidade das operadoras vencedoras das mesmas não podem ser facilmente identificadas pela população.

E vem outro dizendo que as pinturas padronizadas nada tem a ver com o poedrio de prefeituras e que é um "benefício estético". Vai catar coquinho!

O que o bom senso e a lógica provam é que não existe vantagem em colocar farda em ônibus. Empresas devem ser facilmente identificadas para que a população, descrente com autoridades possam também fiscalizar a qualidade do transporte, não dependendo de autoridades corruptas como intermediários para qualquer reclamação ou solicitação.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

PRESSÃO POR HORÁRIO FAZ ÔNIBUS ULTRAPASSAR O SINAL NO RJ

O que é a pressão pelo cumprimento demasiado rigoroso de horários dos ônibus.

Ontem à tarde, no cruzamento da Av. Rio Branco com as ruas Evaristo da Veiga e Araújo Porto Alegre, no centro do Rio de Janeiro, um ônibus carro A72056 da Transurb tentou ultrapassar o sinal vermelho. O ônibus circulava na linha 010 Fátima / Central.

O incidente ocorreu nas proximidades da Cinelândia e da Praça Floriano, onde fica a Câmara Municipal, palco de muitas revoltas contra o sistema de ônibus que deram na tentativa de uma CPI dos Ônibus, no ano passado.

O ônibus já passava pela faixa de pedestres, quando o sinal se fechava para os carros. Sem poder passar para o quarteirão da Cinelândia, o ônibus tentou uma marcha-a-ré, sem sucesso, já que os carros já se posicionavam no limite do trecho da Av. Rio Branco.

Pode parecer irresponsabilidade do motorista, mas a verdade é que os motoristas é que sofrem a pressão violenta pelo cumprimento de horário, numa cidade marcada por intensos congestionamentos principalmente na área do Centro. Portanto, combinar cumprimento de horário com trânsito difícil é que causam excessos desse tipo, fora os acidentes que ferem e até matam pessoas.