sábado, 6 de julho de 2013

NÃO HÁ ARGUMENTO RACIONAL PARA A PADRONIZAÇÃO VISUAL


COMENTÁRIO DESTE BLOGUE: Mesmo medidas paliativas como as da foto acima, com empresas niteroienses exibindo nome de empresa na janela ou no letreiro digital, não são suficientes para permitir a identificação da empresa dificultada pela pintura padronizada, não havendo qualquer motivo técnico ou de outra natureza que justifique que diferentes empresas tenham a mesma pintura.

Padronização Visual é um erro tão grande que não existe argumento a favor que seja racional e convincente

Do blogue Imobilidade Urbana

A praga de uniformizar os ônibus como se fossem carros oficiais de prefeituras continua. A falta de informação e a incompetência de prefeitos do país todo os fazem tomar a decisão arbitrária de colocar uniformes nos ônibus, fazendo-os todos iguais e escondendo a identidade de empresas, dificultando a vida de passageiros e favorecendo um monte de irregularidades, usando os ônibus como out-door móvel dos interesses das prefeituras.

Quando se tenta protestar contra essa uniformização visual, seja através de ações na justiça, ou simples reclamações pela internet, os defensores da padronização visual lançam mão de argumentos chochos, subjetivos e nada convincentes, dando a entender que a adoção da medida teve decisão nada técnica, passional e sem pesquisas que provem a sua - de fato inexistente - vantagem. Muitos se limitam ao "mantra": "organiza mais", que além de não fazer sentido e de não justificar nada, é uma mentira que a prática prova o contrário, já que dificultando a identificação clara de empresas, fica mais fácil bagunçar o sistema de transportes. A inviabilidade da medida é facilmente provada e comprovada pela incapacidade de justificá-la de maneira lógica e racional.

A colocação de uniformes nas frotas de ônibus é totalmente desvantajosa. Uma medida que está sendo adotada por puro modismo e que nada trás de benefício nem as empresas e nem aos passageiros. É uma propaganda enrustida de prefeitos, além de ser uma apropriação não assumida das frotas de ônibus, que se comportam como se fossem propriedade das gestões municipais (ou estaduais, como ocorre em MG e SP).

A encampação mostrou-se um fracasso nas décadas passadas e essa uniformização tem quase todas as características de uma encampação enrustida que cada vez mais se mostra tão falha quando as fracassadas tentativas do passado. Como a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, quem perde é o passageiro, cada vez mais silenciado nessas pequenas ditaduras municipais que ignoram que vivemos em uma democracia federal, tomando decisões sem consulta popular, possivelmente pelo fato de que prefeitos se acham mais "inteligentes" do que qualquer cidadão, o que a prática mostra que não é verdade.

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