terça-feira, 24 de setembro de 2013

PRA QUE SERVE CONSÓRCIO SE AS EMPRESAS OPERAM SEPARADAMENTE?

Esse modismo de mobilidade urbana decidiu que as empresas deveriam se reunir em grupos chamados consórcios. Para quem não sabe, são espécies de autarquias criadas pelos governos para que empresas operem conjuntamente. Isso em tese, pois na prática não há nada disso.

Nos sistemas de ônibus do Rio e Niterói, as empresas continuam operando normalmente como antes da divisão. Somente no caso de Niteroi, houve uma compra conjunta de carros (a Araçatuba comprou Viale BRS para a Ingá e esta comprou Comil Piso baixo para a Barreto). Mas a operação das linhas continua bem separada, mostrando que esta divisão em consórcios não passa de modismo inútil.

Vejam só: se a Brasília, por exemplo, que tem apenas 5 carros de piso baixo, precisar fazer manutenção de um deles em horário de grande demanda para este tipo de ônibus, talvez precise recorrer a outra empresa do mesmo consórcio para fornecer o carro que substituiria o veículo recolhido. A Araçatuba poderia ceder um de seus pisos baixos para operar a 61 (Venda da Cruz - Icaraí - veja foto), sem qualquer problema, pois faz parte do mesmo consorcio. Mas nunca se viu algo assim.

Então se é para operar separadamente, porque juntar em consórcios? Para confundir a população? Se não é para beneficiar a população, com certeza foi por modismo, para dizer que as prefeituras aderiram a um sistema popularizado. 

Para quem não sabe (e a maioria não sabe o que é), modismo é algo feito inutilmente só para imitar algo que, em tese, é seguido pela maioria. Os brasileiros tem mania de achar que a maioria sempre está certa e normalmente costuma segui-la, transformando a população brasileira em uma população de pensamento, gostos e hábitos únicos, quase homogêneos.

Das duas uma: ou as empresas consorciadas operam juntas, para manter a desejada qualidade dos serviços e a unidade que é supostamente relacionada ao se consorciarem, ou desfaz tudo e volta como está, com as empresas assumindo suas identidades sem ter as prefeituras incompetentes como intermediárias na fiscalização dos serviços de ônibus nas cidades.

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